Com as mais diversas fontes de educação financeira, como blogs e redes sociais, e sem saber ao certo como e quando investir, a pessoa física se libertou da poupança como a expectativa de uma reserva de capital e passou a diversificar seus investimentos.
Neste sentido, os assessores de investimentos de Fundos desempenham um papel fundamental: o de guiar os mais diversos públicos em garantir um retorno de investimento que nem sempre é imediato. Só nos resta entender, portanto, como um novo investidor escolhe como investir?
Segundo estudo recente da B3, somente nos 3 primeiros meses de 2020, cerca de 400 mil novas pessoas físicas passaram a buscar novas fontes de investimento, em detrimento dos 700 mil no total em 2019. O investimento em mercado financeiro se tornou uma realidade entre os mais diversos brasileiros: mais jovens (49% entre 25 e 39 anos, em março de 2020) e com 68% investindo em mais de 5 ativos, ainda conforme estudo da B3.
Os assessores de Investimento (ou AAIs – Agentes Autônomos de Investimento), por exemplo, apenas em 2019 cresceram 52%, e passaram a desempenhar um papel fundamental para o novo investidor, pois são uma fonte mais segura de guiar um investimento de acordo com o perfil deste investidor e com a pretensão de retorno estimado de investimento em determinado período de tempo.
Segundo Daniel Guedini, fundador da Performance Invest (assessoria de Investimentos vinculada à XP Investimentos) e criador do site Caminhos Para a Riqueza, muitos dos novos investidores buscam o assessor de investimento baseado na credibilidade deste em mostrar o que vem estudando e em falar a verdade, como ele diz “é muito bonito o discurso de que você vai correr mais risco e ganhar mais, mas você entendeu que você vai perder dinheiro em algum momento?”.
Atuando como verdadeiros embaixadores de determinados Fundos, os assessores de Investimento passam credibilidade pois não necessariamente estão vinculados a um banco ou gestora e possuem a educação em mercado financeiro que falta ao novo investidor.
Neste sentido, os esforços de comunicação se fazem extremamente relevantes para este novo público: um assessor que educa um investidor Pessoa Física – em vez de somente gerenciar o capital deste – pode colher maiores frutos, pois demonstra que o capital é investido com um embasamento que os AAIs podem compartilhar e demonstrar na prática.
“É muito bonito o discurso de que você vai correr mais risco e ganhar mais, mas você entendeu que você vai perder dinheiro em algum momento?”.
Daniel Guedine, Performance Invest
Especialmente após a pandemia, em que o mercado passou a agir com mais lives feitas pelos diretores (ao ponto em que a CVM estabeleceu uma nova norma para lives) e novos esforços de comunicação e marketing passaram a ser feitos, de forma que órgãos reguladores passaram a certificar e auditar informações sobre o mercado financeiro e produtos relacionados sobre educação financeira, o novo investidor quer conhecimento, mas acima de tudo, precisa de credibilidade.
Ainda segundo Daniel Guedine:
“Durante a pandemia havia 10, 20, 30 lives diariamente com gestores de Fundos dando seu parecer […] mas é preciso, antes de tudo, confiar no gestor e na gestora”.
Daniel Guedine, Performance Invest
A RI Prisma verificou, inclusive, um aumento exponencial de busca por novos sites e tecnologias que se tornaram inovações no mercado para garantir esta comunicação mais genuína. Este contato próximo passou a ser fundamental como um diferencial, mas também demonstra um esforço de transparência requisitada pelo investidor para saber o que está sendo feito do seu capital.
Em um país com uma educação matemática não tão democratizada e com histórico de crises financeiras, entender este movimento inovador de pessoas físicas buscarem investir no mercado financeiro é algo tentador para os Fundos de Investimento. O segundo país a mais utilizar redes sociais no mundo passou a ver nos seus hábitos com as novas tecnologias uma fonte de informação para também se educar financeiramente e investir seu capital.