Apesar de parecer um assunto recente no mercado financeiro, ESG é uma pauta que já circula entre as companhias brasileiras há algum tempo, porém, com outras nomenclaturas. Durante os anos 90, por exemplo, eventos como Rio 92 e as pautas relacionadas a Ecologia apontavam que seriam necessárias ações das companhias e do mercado em relação ao meio ambiente.
Já durante os anos 2000, a palavra Sustentabilidade embasava as discussões sobre produção sustentável nas empresas dos mais variados ramos. Mas por que o ESG passa a ter mais relevância nesse momento? E qual o papel do RI na comunicação desses critérios?
ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança, em português, e está sendo usada para distinguir as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa. O termo designa uma boa prática de mercado e cada vez mais como um critério de tomada de decisão para os investidores.
É importante sinalizar que ESG passa a ter mais relevância pois os investidores têm olhado para essa questão em suas carteiras de investimentos, evitando investir em ativos que não assumem esses compromissos, e por consequência, podendo interferir diretamente nos negócios e nos lucros, especialmente por se mostrarem mais suscetíveis a oscilações de mercado – comprometimento se torna, portanto, sinônimo de responsabilidade.
É papel do RI manter a comunicação constante com os investidores — atuais e futuros, mantendo a transparência da execução das ações que atendem aos critérios do ESG. Criações de páginas dentro site de RI que mostrem a responsabilidade da companhia com o meio ambiente, a promoção de iniciativas sociais, Green Bonds, Relatórios de Sustentabilidade, a prestação de contas segundo a regulamentação da CVM e cumprimento da legislação, são alguns dos pontos que devem estar em evidência nos sites de Relações com Investidores.
ESG no Brasil
No Brasil, mesmo os parâmetros ESG em estágio inicial, a discussão está em alta devido a entrada de capital estrangeiro na B3 – capitais oriundos de países onde a discussão já está mais avançada, principalmente investidores europeus. A pandemia também fez com que o tema tomasse mais fôlego e mais visibilidade no mercado.
As áreas que cuidam do assunto nas empresas ainda são pequenas — muitas vezes, o próprio RI é o responsável, e a maior parte delas responde a demandas de investidores globais localizados fora do Brasil, que estão integrando esses parâmetros em seus próprios processos de investimento. Muitos investidores de peso passaram a olhar com mais rigor, quais empresas estão efetivamente seguindo diretrizes relacionadas a esse tema.
Os critérios de ESG
Para entender quais são os critérios que englobam essas ações, nós detalhamos cada uma dos tópicos individualmente:
ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança, em português, e está sendo usada para distinguir as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa. O termo designa uma boa prática de mercado e cada vez mais como um critério de tomada de decisão para os investidores.
Social
Para esse segundo item, é importante que a empresa demonstre responsabilidade com a sociedade e com os direitos humanos. Isso inclui os seus colaboradores, fornecedores, clientes e toda a comunidade à sua volta. São ações reconhecidas: o engajamento dos funcionários em questões sociais, a satisfação dos seus clientes, apoio a iniciativas relacionadas à diversidade e contra a desigualdade social.
São consideradas também ações do implementadas no ambiente de trabalho, como por exemplo recrutamentos interno e capacitação de funcionários, programas de liderança de mulheres, negros e outras minorias; atração e retenção de novos colaboradores.
Governance ou Governança
O último critério mede o comprometimento da empresa no combate à corrupção e o cumprimento das legislações vigentes. Entram nesse critério a transparência na divulgação dos resultados, o posicionamento social da empresa, conduta corporativa, a relação com o Governo e com políticos, a existência de um canal de denúncias, comités de auditoria, os relacionamentos comerciais.
Um bom exemplo que podemos relacionar com o RI é que empresas de capital aberto na B3 devem passar por critérios de governança rigorosos e, trimestralmente, divulgar seus resultados de forma pública e acessível. O cumprimento dessa obrigatoriedade é um exemplo de critério de Governança, uma vez que a companhia está agindo conforme as normas da CVM.