Um dos desafios enfrentados por profissionais da área de relações com investidores é compreender e atender as expectativas do mercado. Essa dificuldade existe, pois os especialistas em RI estão intrinsecamente imersos nos planos tanto do Conselho quanto da Diretoria para o futuro e desenvolvimento da Companhia, que falta tempo, recurso ou disposição de se atualizar também na perspectiva externa. Entre as muitas ferramentas utilizadas para transpor esse desafio está o Estudo de Percepção.
O que é um estudo de percepção
O conceito de percepção vem da psicologia e consiste em uma organização e interpretação dos estímulos que foram recebidos pelos sentidos e que possibilita identificar certos objetos e acontecimentos. A percepção tem duas etapas, a sensorial e a intelectual.
As duas se complementam, porque as sensações não proporcionam uma visão real do mundo, e devem ser trabalhadas pelo intelecto. O Estudo de Percepção, portanto, entende esse conceito e o aplica em uma situação já existente, que é como analistas e investidores vêem a Companhia e, a partir disso, o que esperam dela.
Quais os tipos de estudo de percepção?
O tipo de estudo depende do assunto que se quer obter um feedback. Em relações com investidores, os mais comuns são os Estudos de Percepção Pré Call – focado na expectativa da teleconferência de resultados – Estudos de Percepção Pós Call – focado na teleconferência de resultados após realização – e o Estudo de Percepção Geral, onde a análise é mais profunda e considera vários temas da companhia e não apenas a teleconferência. Todos têm sua importância e momento oportuno para realização.
Estudo de Percepção Pré-Call
O estudo é feito antes de acontecer a teleconferência de resultados da companhia e tem como objetivo entender a expectativa do público em relação ao evento. Desta forma é possível se preparar melhor e já antecipar dúvidas que possam ser apresentadas pelos participantes.
A forma de se expressar e a dinâmica também podem ser adaptadas de acordo com o resultado do estudo de percepção pré call.
Estudo de Percepção Pós-Call
Como o nome sugere, é feito após a teleconferência de resultados da companhia e tem como objetivo entender se a divulgação dos resultados correspondeu às expectativas do mercado – tanto no que diz respeito aos documentos arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quanto à teleconferência e a forma como os resultados foram apresentados, como por exemplo, se as dúvidas dos investidores e analistas foram sanadas durante o Q&A.
Estudo de Percepção Geral
Feito anualmente, pode tanto focar em um momento específico da Companhia, como uma fusão ou grandes mudanças no management, como na avaliação da performance tanto da Companhia quanto do time de relações com investidores.
Como fazer
Seja qual for o tipo de estudo escolhido, será feito por meio de entrevistas com os analistas que acompanham a trajetória da companhia e possuem relacionamento com ela. Ainda que os entrevistados sejam definidos pela companhia, o processo é todo confidencial e as respostas não são linkadas ao entrevistado.
Após as entrevistas são realizadas as transcrições e análises das respostas dos entrevistados em um documento.
Para ter um estudo de percepção organizado é importante contar com uma empresa especialista no assunto.
A RI Prisma, por exemplo, realiza há mais de 10 anos estudo de percepção e possui domínio tanto em estudos em português como inglês.
Por que fazer um estudo de percepção?
O estudo de percepção permite analisar o que a empresa já fez e se os analistas e investidores estão satisfeitos, além de indicar o que precisa se desenvolver melhor.
Por meio dele é possível também definir estratégias, aperfeiçoar atividades e realizar mudanças necessárias para atingir um resultado desejado ou até mesmo mantê-lo.
O estudo sugere insights valiosos para a companhia, que podem ser utilizados tanto como fator de tomada de decisão ou como comprovação de que mudanças aplicadas anteriormente foram eficazes, embasadas nas decisões da companhia.
Quando fazer
Todos os tipos de estudo de percepção têm sua importância e momento oportuno para realização.
Como citamos anteriormente, o estudo pré call, por exemplo, precisa ser realizado antes da teleconferência de resultados da companhia, já que tem por objetivo entender a expectativa do mercado em relação ao evento.
Já o estudo pós call, como o próprio nome sugere, deve ser feito após a teleconferência de resultados da companhia.
Um ótimo momento é quando há troca de diretoria ou materiais de divulgação, como um relayout do Earnings Release, reformulação do site ou da apresentação.
Também pode ser realizado periodicamente, após cada período de divulgação de resultados, para companhias que não buscam sanar um problema pontual, mas avaliar a evolução de seu processo de disclosure.
O estudo de percepção geral pode ser realizado uma vez ao ano ou a cada semestre, para a avaliação de tudo o que foi feito naquele período. Não é uma regra ser a cada seis meses ou uma vez ao ano, são apenas sugestões. Tudo irá depender do momento em que a empresa estiver vivenciando.
Conclusão
Um estudo de percepção permite analisar o que a empresa já fez e se os analistas e investidores estão satisfeitos, além de indicar o que precisa se desenvolver melhor. Por meio deste estudo é possível definir estratégias, aperfeiçoar possíveis atividades e realizar mudanças necessárias para atingir um resultado desejado ou até mesmo mantê-lo.
O tipo de estudo depende do tipo de assunto que se quer obter um feedback. Em relações com investidores, os mais comuns são os Estudos de Percepção Pré Call – focado na expectativa do público antes de ocorrer a teleconferência de resultados – Estudos de Percepção Pós Call – focado após ocorrer teleconferência de resultados – e o Estudo de Percepção Geral, onde a análise é mais profunda e considera vários temas da companhia e não apenas a teleconferência. Todos têm sua importância e momento oportuno para realização.
Para ter um estudo de percepção organizado é importante contar com uma empresa especialista no assunto.