Aqui no blog da RI Rrisma, nós já falamos sobre como a discussão sobre sustentabilidade tem tomado o mercado financeiro nos últimos anos, e qual o papel do RI na divulgação dessas informações. Com a entrada dos princípios ESG como critério decisivo na escolha dos investidores, as empresas têm criado alternativas de investimentos específicos voltados para ações de meio ambiente. É aí que surgem os Green Bonds.
Bonds
A nomenclatura Bonds — também conhecidos como títulos, já faz parte da rotina de quem trabalha com mercado financeiro: são papéis emitidos pelas empresas para arrecadar recursos. Com isso, a emissora do título tem o compromisso de devolver o dinheiro ao investidor em um determinado período de tempo, com o acréscimo de juros. Até aqui, nenhuma novidade.
Bonds x Green Bonds
O diferencial em relação a Green Bonds — também conhecidos como “Títulos Verdes”, é que esses recursos captados na emissão dos títulos são direcionados exclusivamente para projetos ou ativos sustentáveis, principalmente ligados a projetos de efeitos climáticos e meio ambiente. Com isso, as empresas trazem investidores comprometidos com o desenvolvimento ambiental e com impacto socioambiental, trazendo uma diversificação e/ou expansão da sua base de investidores.
É importante ressaltar que existem critérios específicos que tornam esses projetos elegíveis à emissão de Green Bonds. As companhias que pretendem emitir títulos desse tipo no Brasil, precisam enviar os projetos para a Federação Brasileira de Bancos — FEBRABAN — e para o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável — CEBDS. Os projetos precisam ter foco em meio ambiente, efeitos climáticos e, em caso de infraestrutura, podem ser elegíveis desde que tenham impacto ambiental positivo.
Títulos que podem ser classificados como Green Bonds
Entre os títulos que podem ser classificados como Green Bonds, os Debêntures, Debêntures de Infraestrutura, Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), são algumas das opções possíveis de emissão.
Em parceria com a FEBRABAN, a CEBDS lançou um manual completo que orienta as empresas no processo de emissão dessa nova modalidade de títulos. O documento pode ser acessado aqui.
Green Bonds e as Relações com Investidores:
O site de RI é a porta de entrada de novos investidores e a principal vitrine dos resultados da sua empresa. Além de ser considerado uma boa prática de mercado aderir os princípios de ESG, divulgar a emissão desses títulos no seu site de relações com investidores também acompanha essa tendência.
Muitas empresas que já emitem os Green Bonds e tem em seus websites os respectivos documentos, porém há que se considerar todo o potencial do site de RI para mostrar o que tem sido feito, atrelando tanto novidades sobre os títulos, quanto os projetos desenvolvidos. Muitas delas, inclusive, criam sessões específicas sobre sustentabilidade e títulos verdes.
Concluindo…
O mercado de investimentos cada vez mais tem priorizado investimentos com projetos aos princípios de ESG. Os sites de RI são os canais perfeitos para comunicar os investidores sobre a emissão de títulos verdes, e também para exibir os resultados e projetos que a sua empresa está envolvida. Como anda o compromisso da sua empresa com o meio ambiente? E o acesso a essas informações?